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Suas
vestes são:
sem
cor, descolorida.
Por
pensar ser poetisa,
te
idolatro na ilusão,
de
tê-lo por perto
nas
minhas poesias.
Teu
dorso sem rosto, chapisco...
Visto
seu corpo com as silabas.
Anoto
recados estranhos,
sem
sentido, sem noção.
Minh 'alma gêmea perdida,
sem
alma ou coração!
Caminho
a noite sozinha,
mas
seus olhos brilhantes,
iluminam
cada percurso.
Sem
ter o que fazer,
falo
de ti num discurso.
"Acho
que fiquei louca..."
Talvez, numa frase irônica,
você
aqui perto,
me
faz escrever torto.
Me
perco nas rimas,
sapateio
nas linhas e,
de
você, tomo um toco.
Misturo
tudo...
Rabisco
um rio turvo,
desenho
um céu fosco,
e, suas lagrimas secas,
viram
simples poemas.
Num
sopro, te sopro pra longe.
Me
achas louca?
Talvez,
um pouco maluca?
Pois
sem você, como minha musa,
fico
perdida, sem prumo...
Caio
no abismo do livro,
amasso
folhas e folhas...
Emudeço,
desfaleço!
Simone
Simone
(Rosa
Azul)