domingo, 16 de junho de 2019

Desmedida...


FOTO: GOOGLE


Suas vestes são:
sem cor, descolorida.
Por pensar ser poetisa,
te idolatro na ilusão,
de tê-lo por perto
nas minhas poesias.

Teu dorso sem rosto, chapisco...
Visto seu corpo com as silabas.
Anoto recados estranhos,
sem sentido, sem noção.
Minh 'alma gêmea perdida,
sem alma ou coração!

Caminho a noite sozinha,
mas seus olhos brilhantes,
iluminam cada percurso.
Sem ter o que fazer,
falo de ti num discurso.

"Acho que fiquei louca..."
Talvez, numa frase irônica,
você aqui perto,
me faz escrever torto.
Me perco nas rimas,
sapateio nas linhas e,
de você, tomo um toco.

Misturo tudo...
Rabisco um rio turvo,
desenho um céu fosco,
e, suas lagrimas secas,
viram simples poemas.
Num sopro, te sopro pra longe.

Me achas louca?
Talvez, um pouco maluca?
Pois sem você, como minha musa,
fico perdida, sem prumo...
Caio no abismo do livro,
amasso folhas e folhas...
Emudeço, desfaleço!

Simone Simone
(Rosa Azul)