Dia sem sol...
Céu nublado,
pena sem tinta!
Coração sem destino,
verbos rasgados,
soltos e jogados
Para o ar...
Devagar, sonhar,
Divagar!
Deixou as folhas
em branco
sem rabiscar.
Indeciso, deu
apenas algumas
pinceladas nos verbos:
Sentir e Amar...
O poeta sem
assunto,
recorre aos
pensamentos
presos, amarrados
em teus versos
desgarrados.
Sente sua vida
passar,
sempre a delirar...
Cama vazia,
lençóis desarrumados...
Sonho ou realidade,
mito ou fato!
Sem cheiros.
Sem cores.
Sem sabores...
Apenas o ato,
quiçá, consumado.
Poeta abandonado...
Noite mal dormida!
Palavras
escondidas,
nos lábios silenciado...
Coração amargurado.
Na cama arrumada,
o que temos e
vemos.
Um poeta
solitário
sempre entediado.
Afinal, tua musa
resolveu deixa-lo...
Deixa-lo confuso,
de alma agitada
e, coração
perturbado.
Eterno apaixonado!
(Rosa Azul)